segunda-feira, 5 de maio de 2008

A tragédia escrita por William Shakespeare

A TRAGÉDIA ESCRITA POR WILLIAM SHAKESPEARE

Dados Históricos

Apesar de ser considerada verídica, como tendo acontecido no início do século XIV, a tragédia de Romeu e Julieta é um tema bastante antigo, encontrando-se em obras da literatura grega história semelhante. Matteo Bandello, um escritor italiano do século XVI, que baseava seus temas em textos antigos, adaptou a história que foi traduzida para o francês por Pierre de Boisteau de Launay e posteriormente transposta para a língua inglesa por Artur Brooke, com o título de Tragical History of Romeo and Juliet, publicada em 1562. É nesta versão que Shakespeare vai buscar inspiração para sua história que se tornou uma das mais famosas do mundo. Brooke afirmou certa vez que assistiu à apresentação de uma peça com o mesmo argumento, o que leva alguns estudiosos a acreditar que Shakespeare baseou-se em uma tragédia antiga escrita por Luigi Groto, La Hadriana. Mas esta versão está desaparecida, existindo apenas a tradução de Brooke. Foi representada pela primeira vez em 1596, datando sua primeira edição imprensa de 1597.

Sinopse da Obra
A ação transcorre em Verona, onde Capuletos e Montéquios, duas famílias poderosas, eram inimigas de morte, vivendo em constantes contendas entre seus membros, das quais participavam os senhores e até seus serviçais. Essas querelas tumultuavam a vida dos demais habitantes da cidade. Escalo, Príncipe de Verona, cansado desse ambiente, ao ter que intervir mais uma vez em uma briga entre as famílias em praça pública, declara que, dali em diante, todo aquele que atentasse contra o sossego e a paz da cidade teria como castigo a morte. Romeu, filho de Montéquio, é objeto de preocupação do pai por estar visivelmente mergulhado em profunda melancolia. Benvólio, primo de Romeu, promete a Montéquio que vai procurar descobrir a razão de tal sofrimento. Romeu, apaixonado pela bela jovem Rosalina, sobrinha de Capuleto, que não lhe corresponde, é abordado por Benvólio a quem confessa ser incapaz de aplacar sua dor de amor porque não existe outra mulher tão bela digna de sua paixão. Enquanto conversam, descobrem casualmente que os Capuletos darão uma festa. O primo convence Romeu a ir encoberto por uma máscara à festa, onde poderá comparar a beleza de Rosalina à das outras jovens, para poder constatar que ela não é única. Romeu aceita o conselho e vai à festa. Consegue entrar na casa dos inimigos da sua família e, observando às jovens presentes, se depara com uma de extrema formosura, mas logo se desaponta com a inutilidade de sua nova paixão porque fica sabendo que se trata de Julieta, filha de Capuleto. Entretanto, Julieta também se sente atraída pelo jovem que a observa e, perguntando por seu nome intera-se de que é um inimigo de sua família, com quem o pai nunca permitiria o casamento. Teobaldo, primo de Julieta, reconhece Romeu e denuncia sua presença ao velho Capuleto. Este, respeitador ferrenho das regras de hospitalidade, proíbe Teobaldo de qualquer atitude a respeito.

Absolutamente tomado pela paixão, Romeu consegue penetrar no jardim da casa dos Capuletos, onde, num balcão frente à janela de seu quarto, Julieta confessa às estrelas sua paixão por Romeu. Romeu então revela sua presença à Julieta e, completamente envolvidos pela paixão trocam juras de amor. Por fim, resolvem casar-se. O casamento é realizado no dia seguinte, na cela de Frei Lourenço, amigo de Romeu. O padre franciscano acredita que, com aquele enlace, seria feita a paz entre as famílias.

Ao sair da cerimônia, Romeu se depara com uma briga entre seus amigos Benvólio e Mercúcio com Teobaldo, que estava a procura de Romeu para tomar-lhe satisfação pela sua presença na festa do dia anterior. Teobaldo desafia rudemente a Romeu que não responde à provocação, evitando o confronto com um parente de sua esposa secreta. Mercúcio não entende a atitude de Romeu, julgando tratar-se de covardia do amigo, e aceita o desafio em seu lugar. Benvólio e Romeu tentam apartar a briga entre ele e Teobaldo, mas este fere Mercúcio de morte. Tresloucado com a morte do amigo, Romeu mata Teobaldo. O Príncipe condena Romeu ao banimento. Este se refugia na cela de Frei Lourenço que lhe entrega um anel de Julieta com o recado de que fosse vê-la naquela noite. Romeu atende ao pedido de sua amada, passa a noite em seu quarto , com o nascer do dia,foge para Mântua. Os pais de Julieta, vendo a filha em extrema aflição, julgam tratar-se da dor pela morte do primo e resolvem casá-la com Páris, primo do Príncipe. Julieta vai ao encontro de Frei Lourenço em desespero. Este aconselha a jovem a fingir que aceita o casamento e lhe dá uma poção que fará com que pareça morta, fazendo com que a família lhe providencie o funeral e a coloque no túmulo dos Capuletos, onde Romeu irá a seu encontro, alertado por ele. Julieta toma o remédio, cai em estado de letargia e a família, certa de que a jovem estava morta, realiza seu enterro.

Entretanto, a carta de Frei Lourenço colocando Romeu a par da trama não chega às suas mãos. O jovem esposo fica sabendo da morte de Julieta através de outra fonte e, desesperado, compra um veneno mortal e retorna a Verona. Vai ao túmulo dos Capuletos e encontra-se com Paris que havia ido levar flores para a noiva morta. Trava se uma luta violenta que termina com a morte de Páris. Romeu entra no mausoléu e bebe o veneno e morre diante do que julga ser o cadáver da esposa. Julieta é acordada por Frei Lourenço e vê horrorizada o cadáver de Romeu; percebe caída ao chão a adaga com a qual Romeu havia matado Páris, toma-a e se mata. As famílias chegam e Frei Loureço relata o sacrifício dos jovens apaixonadas, cuja causa é o ódio entre suas famílias. Capuletos e Montéquios apertam as mãos arrependidos, prometendo esquecer as diferenças e celebrar a paz.

Fonte: Site Teatro Guaíra, por César Fonseca

Um comentário:

Anônimo disse...

mtooo legal ameii