Nem com o feriadão, que levou boa parte da população para programas fora de Curitiba, o público deixou de lotar os auditórios do Teatro Guaíra, que ofereceu uma programação em que a tônica foi a magia.
Uma hora e meia antes do início dos espetáculos programados para este domingo, 25 de maio, no Teatro para o Povo, longas filas já se formavam nas portas do Guairinha e do Guairão. Além da magia do balé Romeu e Julieta, apresentado em versão pocket no Guairinha, a programação apresentou o espetáculo de mágica do ator e bailarino, Maicon Clenck, no Guairão; a peça “Não Assim Tão Longe”, no Miniauditório, primeiro trabalho da Insólita Companhia de Teatro e “Bolacha Maria - Um punhado de neve que restou da tempestade”, da “A Armadilha Cia. de Teatro”, adaptado de texto literário de Manoel Carlos Karam, no auditório José Maria Santos.
A versão pocket do balé Romeu e Julieta não perdeu em magia e beleza para a versão original e encantou o público que lotou o Guairinha neste domingo. Ao contrário, trouxe todo o espetáculo para mais perto dos espectadores, por ter tido suas dimensões reduzidas para poder ser apresentado em palcos menores. O resultado é que o público pode sentir-se quase que “dentro da cena”, tal a proximidade provocada pelas dimensões menores do palco. Com isso, a coreografia pode ser vista com maior riqueza de detalhes. Mesmo com uma redução considerável, o gigantesco cenário não perdeu em funcionalidade e beleza e a riqueza dos figurinos pode ser vista mais de perto. A ausência da beleza da música e da competência da Orquestra Sinfônica do Paraná é relativamente compensada pelos novos efeitos cênicos provocados pela adaptação.
O Guairão também recebeu um grande público para o espetáculo do ator e bailarino Maicon Clenck, que vem se destacando como um dos maiores ilusionistas do momento. Aparições, levitações e metamorfoses divertiram a platéia que pode apreciar temas e estéticas diferentes dos shows tradicionais de mágica. Com figurinos, coreografias e sonoplastia especialmente desenvolvidos para a produção, os diversos quadros empolgaram sobretudo pela originalidade e beleza cênica, somadas à mistura de ilusionismo e humor que satiriza o mundo virtuoso dos mágicos e a realidade circense brasileira.
Maureen Miranda e Daniel Siwek, atores já conhecidos de outras produções paranaense, criaram a Insólita Companhia de Teatro que apresentou o seu primeiro trabalho, no palco do Miniauditório. A peça “Não Assim Tão Longe” discorre sobre os mistérios do suicídio, utilizando-se dos poemas de Sylvia Plath, a vida da escritora Virginia Woolf e cartas de pessoas comuns levadas ao suicídio.
Manoel Carlos Karam foi um profícuo dramaturgo nas décadas de 70 e 80. Jornalista nascido em Santa Catarina e radicado em Curitiba, teve seus trabalhos apresentados por diversas companhias neste período, nos mais diversos teatros de Curitiba. Seus textos, sempre pejados de muito humor, a despeito da seriedade dos temas, passam pelo absurdo, o surreal e o clichê; varia do lírico ao preto no branco.
O prestígio que vem alcançando junto ao público demonstram que o Projeto Teatro para o Povo, que distribui os ingressos gratuitamente, ocupa espaço de fundamental importância no desenvolvimento cultural da comunidade paranaense.
Fonte: Site Teatro Guaíra
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Um comentário:
Queria muito agradecer todos os bailairinos, os m�sicos e funcion�rios tamb�m, da Orquestra Sinfonica do Paran� porque nossa dedica�o e trabalho junto deram um resultado muito satisfat�rio e eu acho que foi um espet�culo de �timo n�vel. Parab�ns a todos! Sempre ser� pra mim um prazer voltar ao Teatro Gua�ra. Quero tambem agradecer ao Rafael Greca, Margarita Sansone e todos os amigos deste Teatro pelas belas palavras escritas neste blog. Muito obrigado.
Parab�ns pelo blog,pela senhora Marisa...legal e bem feito...pena que n�o tem fotos do maestro e da orquestra!!
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