segunda-feira, 26 de maio de 2008

Após ser visto por milhares de espectadores, Romeu e Julieta volta em versão "pocket".

O indiscutível sucesso do balé Romeu e Julieta, apresentado pelo Balé Teatro Guaíra e a Orquestra Sinfônica do Paraná, fez com que o Teatro Guaíra providenciasse uma versão adaptada a palcos menores que o do Guairão, o que amplia as possibilidades de apresentação do espetáculo em diversos espaços.

O público pode ver o resultado da iniciativa na programação do Teatro para o Povo, no último domingo. O balé foi apresentado numa versão “pocket”, sem a participação da Orquestra Sinfônica do Paraná, no palco do Guairinha.

A montagem do balé Romeu e Julieta, com o Balé Teatro Guaíra e a Orquestra Sinfônica do Paraná, alcançou um grande sucesso de público, que lotou as nove récitas do espetáculo, apresentadas no Guairão. A elas compareceu um público aproximado de 17.000 pessoas, que aplaudiu entusiasticamente as performances de bailarinos e a brilhante interpretação da Orquestra Sinfônica do Paraná da música de Sergei Prokofiev, sob a regência do maestro italiano Andrea Di Mele.

Nas bilheterias do Teatro Guaíra longas filas se formaram para obtenção dos ingressos, ao ponto de, em algumas récitas, não ser possível atender a todo o público que desejava assistir ao balé que reuniu uma equipe de mais de 200 profissionais e cujos cenários exigiram 2 toneladas de ferro para sua confecção e os figurinos dezenas de metros dos mais diversos tipos de tecido, além de aproximadamente cinco quilos de miçangas e paetês.

O Centro Cultural Teatro Guaíra disponibilizou um espaço, antes utilizado apenas para a guarda de cenários, para que fosse possível, ao tempo que se montava o cenário, realizar os ensaios das coreografias. A iniciativa possibilitou uma integração maior entre artistas e técnicos, o que contribuiu de forma efetiva para os bons resultados obtidos pela montagem.

Para além dos números, os cuidados com os quais a diretoria do Teatro Guaíra cercou a produção resultaram num evento de alta qualidade. O Coreógrafo Luiz Fernando Bongiovanni, apresentou uma corografia comprometida com a contemporaneidade e que busca envolver o público com a história, através de aproximar os acontecimentos da trama com a vida cotidiana. Para dar acabamento ao espetáculo, no que diz respeito a cenários e iluminação, foram convocado o experientíssimo Carlos Kur, com vários trabalhos em balés e óperas em seu currículo, juntamente com Cleverson Cavalheiro, que comanda a equipe técnica do Teatro Guaíra. A Paulinho Maia, detentor de prêmios regionais e nacionais, foram entregues os figurinos.

A música de Sergei Prokofiev do balé Romeu e Julieta, reveste-se da complexidade que caracteriza o compositor russo, interpretada com toda a propriedade pela Orquestra Sinfônica do Paraná. Para dirigi-la foi chamado o maestro italiano Andre a Di Mele, especialista na obra do compositor.

Uma produção desse porte, só se justifica se beneficiar de forma ampla a comunidade a quem pertence, em última análise, o Teatro Guaíra. Portanto, atendendo à diretriz que tem norteado a atual diretoria do Teatro, o aspecto da inclusão social, no que diz respeito à cultura, foi contemplado de forma ampla. Parte dos ingressos foram destinados a instituições, cujos participantes não possuem normalmente oportunidade de acesso a esse tipo de evento. Assim, alunos de uma escola estadual de Guaratuba, integrantes de projetos sociais da Prefeitura de Pinhais, como o EJAS (estudos para adultos, jovens e adolescentes) e outras instituições ficaram entusiasmados com a oportunidade de ver o que, para eles até então era inédito. Instituições do Estado também foram contempladas. Os funcionários do Porto de Paranaguá vieram em numerosa comitiva, além da Polícia Militar do Paraná haver distribuído convites entre cabos e soldados da corporação.

A Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR, graças à parceria com o Teatro Guaíra, proporcionou a mais de mil saneparianos a oportunidade de assistir ao balé. Os funcionários elogiaram a iniciativa, destacando a importância de eventos como este para o desenvolvimento dos integrantes do quadro funcional. “Essa oportunidade estendida aos funcionários de outras localidades, fez com que muitas famílias tivessem um momento de lazer inesquecível, que até mesmo pelas condições financeiras seria muito difícil.” (Elisabete Wille, de Ponta Grossa). Já a funcionária Sílvia Beatriz, de Telêmaco Borba, comenta: “Ao entrar no Teatro Guaíra, sentimo-nos pequenos diante de tal grandiosidade. Foi um acréscimo de beleza e cultura para nossos olhos e almas, tudo belo ao extremo, a dança, a música, o figurino. O evento também nos deu a oportunidade de encontrar colegas de trabalho de cidades diferentes... aquelas vozes ao telefone, que colaboram entre si todos os dias, agora possuem rostos e histórias para lembrar.”

Segundo Marisa Vilella, Diretora Presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra, “A inclusão social deve ser pensada e promovida em todos os aspectos e a Cultura é parte importante no desenvolvimento da comunidade. Não podemos perder de vista que nas iniciativas de governo, sejam elas quais forem, o acesso da comunidade deve ser contemplado de maneira ampla. Pela resposta do público, das diversas instituições e da comunidade de um modo geral, o balanço é totalmente positivo e nos dá a certeza de termos cumprido com os objetivos aos quais nos propusemos”

Dentro desta perspectiva, o espetáculo foi incluído no Teatro para o Povo, no dia 27 de abril, quando longas filas se formaram e não foi possível atender parte do público.

Com a nova versão “pocket”, há mais uma possibilidade de apresentações do balé, o que certamente atenderá a um número maior de pessoas interessadas em assisti-lo.

Fonte: Site Teatro Guaíra

Um comentário:

Anônimo disse...

A apresentação pode ser "pocket", mas o espetáculo e o profissionlismo é "BIG" (maísculo mesmo!).